Código: | 23MGS2105 | Sigla: | SE | |
Áreas Científicas: | SOCIOLOGIA |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
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MGS | 10 | Aviso nº 16432/2023, de 30 de Agosto | 1º | 7,5 ECTS |
Teóricas: | 28,00 |
Inquéritos: | 0,00 |
Docência - Horas
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Fornecer conhecimentos que permitam aprofundar a interpretação do envelhecimento como fenómeno social e cultural complexo e diversificado. Contribuir para a construção de uma síntese teórica que potencie a construção de hipóteses teóricas a respeito das diversas expressões do envelhecimento enquanto problema social e de hipóteses operacionais susceptíveis de orientar a intervenção social neste campo.
1. Demografia do envelhecimento: duplo envelhecimento na estrutura etária; esperança média de vida e desigualdades sociais.
2. O envelhecimento como objecto sociológico: transformações das estruturas económicas, familiares e políticas na génese da classificação da velhice como categoria social; envelhecimento e competição entre gerações; diversidade de condições de existência, disposições e expectativas face à velhice em função da pertença social;
3. Teorias do fim da vida: a morte como terreno que evidencia a fragilização dos laços sociais, as dificuldades de expressão e elaboração do sofrimento nas sociedades "civilizadas"; interacções entre família, profissionais e indivíduos em fim de vida.
Os conteúdos permitem adquirir conhecimentos pertinentes para questionar as concepções correntes sobre o envelhecimento e, sobretudo, analisar criticamente o senso comum das instituições e especialistas considerados como intérpretes legítimos das necessidades dos idosos. Permitem entender que a inactividade e a desimplicação social na velhice não decorrem de um determinismo natural mas são resultados da produção colectiva de concepções sobre a vida humana e a sua finitude, tal como são produto de constrangimentos sociais objectivos, como por exemplo a imposição da reforma numa dada idade, a mobilidade espacial dos membros das famílias em função da localização das actividades económicas e da oferta de emprego. Os conteúdos permitem compreender que a exclusão social dos mais velhos é um fenómeno inscrito na própria estrutura das sociedades modernas tecnologicamente avançadas, desenvolvidas em termos de criação de necessidades materiais mas empobrecidas no plano dos laços colectivos.
Bengtson, V. & Schaie, K. (Eds.) (1999). Handbook of theories of aging. London: Springer Publishing Company Binstock, R.; |
Guerra, Sara; Sousa, Liliana; Carvalho, Rita; Melo, Sara; Ribeiro, Oscar (2021) Understanding Loneliness in Older Adults: Reports from Experts by Experience to Reach Digital Solutions, Journal of Gerontological Social Work. |
Casanova, Giuliana; Machado, Idalina; Melo, Sara (2020) The role of the Gerontologist in the fight against Ageism, Sociologia. Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (pp. 5-18) |
Craveiro, D., Delerue Matos, A., Silva, S.G., Martinez-P ecino, R., Schouten, M.J. (2013). Intergenerational support: the role of gender and social networks. In A. Borsh-Supan, M. Brandt, H. Litwin & G. Weber (Eds), Active Ageing and Solidarity between generat |
De Gruyter. Delerue Matos, A. & Faccin, K. (2016). ¿ O mais importante é ter saúde¿: representações sociais sobre o envelhecimento positivo. In L. Faria, L. Calábria, W. Alves (Org.) Envelhecimento: Um olhar Interdisciplinar (pp. 44-61). São Paulo: Editora HUC |
Melo, Sara; Guedes, Joana; ;Continuity Theory, Encyclopedia of Gerontology and Population Aging, 2019 |
Melo, Sara Guedes, Joana Ribeiro, Oscar (2020) Combater o isolamento dos idosos., Cadernos da Pandemia: (Re)Inventar a Intervenc¿a¿o Social em Contexto de Pandemia, Vol. 4 (pp. 33-41). |
Delerue Matos, A. & Neves, R. (2013). New inter-generational relationships: Elderly people in host families: An experience from Portugal. Les nouvelles relations intergénérationnelles des personnes âgées en famille d¿accueil: Une expérience portugaise. Retrait |
Fernandes, A. (2008). Questões Demográficas. Demografia e Sociologia da População. Lisboa: Edições Colibri. |
Fernandes, A. A. (1997). Velhice e Sociedade. Demografia, família e políticas sociais em Portugal. Oeiras: Celta. |
George, K. (1996). Handbook of Aging and the Social Sciences. New York: Academic P ress Caselli, |
Melo, Sara; Guedes, Joana; Mendes, Sandra; (2019) ;Theory of Cumulative Disadvantage/Advantage, Encyclopedia of Gerontology and Population Aging: Springerlink. |
Giuliana Casanova, Idalina Machado & Sara Melo (2023) The role of spirituality in later life: a study of older adult university students in Portugal, Journal of Religion, Spirituality & Aging |
O processo de ensino/aprendizagem comporta a exposição teórica pelo docente e exposição de leituras de textos pelos alunos, debate dos temas apresentados, numa perspectiva de desconstrução dos conceitos e teorias abordadas. Toma a leitura, fora da aula, como componente fundamental da aprendizagem, uma vez que esta assegura uma participação mais consistente dos alunos, das suas dúvidas e dificuldades, assim como permite fazer da aula um momento de estudo produtivo.
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Descrição | Tipo | Tempo (horas) | Data de Conclusão |
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Participação presencial (estimativa) | Aulas | 36 | |
Total: | 36 |
A modalidade de avaliação distribuída terá uma dupla componente: apresentação oral de um artigo científico com a cotação de 50% da nota final e prova escrita individual com a cotação de 50% da nota final.
As metodologias de ensino centradas no aluno visam a ruptura com as representações que reduzem a velhice a uma etapa do desenvolvimento biológico do ser humano e agregam os idosos na categoria de inúteis, improdutivos, de indivíduos que por terem perdidos capacidades representam uma sobrecarga para as gerações mais jovens. Desafiam o aluno a interrogar-se sobre as próprias construções acerca da velhice e da morte e a tomar consciência de que as classificações accionadas pelas instituições, tidas como legítimas definidoras das necessidades dos idosos contribuem para a relegação social dos idosos. Desafia-os a compreender que instituições e "especialistas" produzem um senso comum que impede de entender que sem intervir nas sociabilidades e nas relações sociais entre as gerações é impossível contrariar a fragilidade dos laços intergeracionais e preservar a dignidade da pessoa até ao fim da vida.