Código: | GS3104 | Sigla: | ASCV |
Área de Ensino: | Gerontologia Aplicada |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
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LGS | 9 | Despacho 6311/08 de 05 de Março | 3º | 3 ECTS | 0 | 0 |
Teórico-Práticas: | 20,00 |
Inquéritos: | 0,00 |
Docência - Horas
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Pensar a Literatura Portuguesa enquanto memória cultural, com cambiantes populares/ eruditas, atentando à história da sua formação.
Desenvolver competências de leitura e análise, pesquisando obras de diferentes estéticas e textos de iniciação à crítica literária.
Reflectir sobre a palavra enquanto instrumento privilegiado de pensamento e comunicação. Equacionar modos de (re)ligar o idoso à linguagem verbal ¿ ouvida, lida, dita ou escrita - pela descoberta e fruição de vozes com as quais possa (re)pensar a sua própria memória e identidade.
Produzir formas conscientes de utilização da palavra falada, como meio de comunicação e aproximação.
Requalificar a leitura em voz alta, atentando às particularidades do indivíduo e à sua evolução.
Desenvolver um conjunto de competências que permitam identificar e enfrentar situações em que a voz e a palavra sejam determinantes para o idoso, na expressão do pensamento e da afectividade.
I. O objecto literário. Estudo diacrónico, por via da História da Literatura, e estudo sincrónico, por via da Teoria da Literatura.
1. Origens da língua portuguesa: períodos proto-histórico, arcaico, pré-clássico, clássico e moderno. Renascimento, Classicismo e Humanismo.
2. Época Barroca. Vozes e contradições, ecos para o futuro se reinventar.
II. A memória e a identidade, uma construção mútua. Retratos da velhice no livro ¿Cal¿, de José Luís Peixoto.
De como a ficção pode revelar o real e resgatar novos sentidos para o que parece há muito cristalizado.
III. Abordagem ao funcionamento do aparelho fonador. A boca: falar, comer... A voz, uma tarefa do corpo. A produção dos sons. Respiração, anatomia e acústica.
1. A fala, como se produz, para que serve? Pressupostos técnicos.
2. Texto e leitura. Reaprender a ler. Leitura efectiva e leitura suposta/por aproximação.
3. Interpretação e apropriação. O sentido das palavras. O sentido de um texto. Compreendê-lo e comunicá-lo.
Dada a abrangência e complexidade da temática opta-se por uma perspectiva que permita aprofundar questões essenciais.
O primeiro intuito é religar os estudantes à palavra ¿ lida, ouvida, dita e escrita.
Do ponto de vista teórico, os conteúdos consistem numa revisitação às origens da língua e da literatura portuguesas, com algumas incursões pontuais pela escrita, e pelo aprofundamento de técnicas de análise e interpretação de texto. Do ponto de vista prático, traduz-se pela tomada de consciência do poder da palavra dita, pelo aperfeiçoamento da leitura interpretada e pela problematização e experimentação prática em torno da relação entre forma e sentido.
O segundo intuito, porventura mais subtil e intrincado, é pensar o conceito de memória, enquanto elemento identitário, de um individuo ou comunidade; registo de pensamento, afecto, espiritualidade; enquanto matéria biográfica, simultaneamente real e ficcionada, a partir da qual um ser humano pensa o seu lugar no mundo.
ACARTE/ Fundação Calouste Gulbenkian;Educação pela arte: pensar o futuro, ACARTE, 1991 |
APPLE, Michel e NÓVOA, António ;Paulo Freire: política e pedagogia, Paulo Freire: política e pedagogia, 1998 |
BOAL, Augusto;Jogos para atores e não-atores , Civilização Brasileira, 2004 |
FIGUEIREDO, Maria Jorge & BELO, Maria Teresa;Comentar um Texto Literário , Editorial Presença, 1985 |
POIRIER, Jean; CLAPIER-VALLADON, Simone & RAYBAUT, Paul;Histórias de Vida - Teoria e prática, Celta, 1999 |
PEIXOTO, José Luís;Cal, Bertrand Editora, 2007 |
MÃE, Valter Hugo;A máquina de fazer espanhóis, Porto Editora, 2016 |
Hesse, Hermann;Elogio da Velhice, Difel, 2002 |
Garcia, Carmen ;A Última Solidão , Avenida da Liberdade Editores, 2022. ISBN: 9789895383801 |
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Descrição | Tipo | Tempo (horas) | Data de Conclusão |
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Participação presencial (estimativa) | Aulas | 34 | |
Total: | 34 |
A disciplina poderá ser realizada por :
1. Avaliação distribuída (nesta modalidade o aluno não poderá faltar a mais de 25% das aulas):
Na primeira parte da aula, de teor mais teórico, após um breve enquadramento histórico e cultural do objecto em estudo, passa-se a um momento de análise e interpretação, construída pelo diálogo e argumentação dos alunos e mediada por intervenções do professor.
Na segunda parte da aula, de teor mais prático, após exercícios específicos onde contacta com técnicas basilares da leitura em voz alta, o estudante aplica os conhecimentos adquiridos sobre o texto à prática da leitura interpretada.
Dado que cada aula tem um ritmo e uma dinâmica próprias, as sessões não são estanques e podem desencadear outras lógicas e metodologias.