| Resumo: | O envelhecimento demográfico, tema de considerável relevância na sociedade atual, tem protagonizado transformações importantes no âmbito político, econômico e social em distintas regiões do mundo. Em decorrência desse fenômeno, uma nova concepção de velhice vem tomando forma, integrada ao avanço do conceito de envelhecimento, saúde, interação social e qualidade de vida. O papel social do idoso, agora não mais centrado em questões biológicas e individualizadas do envelhecimento, mas na possibilidade produtiva e participativa dessa coletividade, o que vem demandando estudos, estratégias e políticas públicas que ofereçam respostas aos desafios postos por esta realidade, especialmente nova no Brasil. Na esteira dessas mudanças, observa-se a presença ativa cada vez maior de trabalhadores(as) idosos(as) nas organizações públicas e privadas. Inserida nesse contexto, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), lócus desta pesquisa, tem vivenciado os efeitos dessas transformações em seu ambiente de trabalho. Em função disso, indagou-se neste estudo de que maneira a autarquia tem atuado para garantir saúde, segurança e qualidade de vida aos servidores(as) idosos(as), a partir de sua Política de Gestão de Pessoas, à luz do marco legal de proteção à pessoa idosa no Brasil. Nesse sentido, o recorte metodológico da pesquisa consiste em analisar a implementação da Política de Atenção à Saúde e Segurança do Servidor Público Federal - PASS, normativa regulatória que embasa a Gestão de Pessoas na Administração Pública Federal. Trata-se de um Estudo de Caso, de abordagem qualitativa, com objetivo descritivo. Para análise dessa problemática, utilizou-se a revisão bibliográfica e análise documental de peças formais produzidas pela UFRPE no período de 2008 a 2021, em particular, documentos que fundamentam os programas, projetos e ações voltados para melhoria da qualidade de vida dos(as) servidores(as) efetivos da organização. Os resultados mostram que a UFRPE avançou consideravelmente nos termos da lei e dos conceitos teóricos-metodológicos em se tratando da Política de Gestão de Pessoas, contudo, conclui-se que, seguindo o que acontece com a efetivação das Políticas de Proteção ao Idoso no Brasil, as práticas de vigilância epidemiológica, prevenção e promoção à saúde e qualidade de vida dos/as servidores/as ainda são extremamente frágeis, precarizadas e com desafios a serem superados pela instituição, especialmente, dos servidores(as) idosos(as). Há uma distância considerável entre o que se encontra nos termos da lei e o que se é efetivado.
Palavras-chave: envelhecimento, gestão de pessoas, políticas públicas, servidores públicos |
