Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem
Objectivos da disciplina
São três os objectivos fundamentais desta disciplina:
a) Fornecer um conjunto de instrumentos de forma a capacitar os discentes para a promoção de sinergias entre prática interventiva de animação sócio-cultural e trabalho no terreno, na área da Gerontologia Social;
b) Valorizar o trabalho em rede e parceria no domínio gerontológico no que respeita à animação sócio-cultural;
c) Promover a aquisição de conhecimentos e competências do ponto de vista teórico que permitam:
*operacionalizar projectos de produção de práticas profissionais na área gerontológica, compreendendo em si a animação sócio-cultural (enquanto componente fundamental do processo de cidadania activa do geronte)
*valorizar as políticas sociais, culturais e educativas em geral, aplicando-as criativamente na área gerontológica.
Programa
Programa
01. Ponto prévio: Consolidação de conhecimentos previamente adquiridos (revisões)
01.1. Animação Sociocultural (ASC): conceito, objectivos, especificidades na aplicação à Terceira Idade. Contexto teórico da ASC. Competências de animação a serem detidas pelo Gerontólogo (perfil do animador). Técnicas de intervenção na ASC e elaboração de projectos e programas de ASC em Gerontologia.
01.2. A ASC enquanto recurso para o Desenvolvimento Social e Comunitário. Diagnóstico Social e comunidade idosa. Gestão da Cultura e Cidadania da Comunidade.
1. Introdução: Acompanhando a Segunda Metade da Vida
1.1. Conceitos a abordar
1.1.1. Voluntariado Social
1.1.2. Preparação da Reforma
1.1.3. Inclusão no Mercado de Trabalho
*processos de “ageism”/ “etarismo” e mercado de trabalho (atitudes dos empregadores e empregados)
*trabalho pós-reforma
2. O Voluntariado Social, um compromisso cívico
2.1. Características, finalidades, espaço social, enquadramento legal
*afinidades com as características da ASC: forma de cidadania activa, participativa, em rede, solidária, crítica e útil no meio social
2.2. Voluntariado e Associativismo
2.3. Recusando o mercado: o discurso democrático do Voluntariado e das Organizações Não-Lucrativas
2.4. Implementando o, e beneficiando do, Voluntariado Social
3. Preparação da Reforma e Mercado de Trabalho
3.1. Demografia e novo ciclo de vida
*nova definição de “idoso”; treino e educação durante a vida; mercado de trabalho e “envelhecimento activo”/ “active ageing”
*relação entre mercado de trabalho-políticas sociais-cidadania
3.2. Transição entre mercado de trabalho e reforma: um processo acompanhando outro processo, o do envelhecimento
*fases do processo: pré-reforma; tomada de decisão da reforma; pós-reforma
**factores predictores e influenciadores da tomada de decisão: finanças, saúde, outros
*planeando a reforma e preparando a mesma: programas institucionais e políticas sociais; situação material e transferências inter-geracionais; saúde e cuidados; carreira; habitação; família e redes de apoio vicinal, comunitário, social
*padrões diversos de saída do mercado de trabalho e respectivos contextos: a reforma antecipada; a reforma gradual ou progressiva; a reforma total; variantes destas
4. Reforma e Inclusão no Mercado de Trabalho
4.1. Carreira e ciclo de vida; “ageism”/ “etarismo” e políticas sociais
4.2. A reforma como uma instituição, processo e experiência
4.3. Trabalho pós-reforma
*a força laboral dos “mais velhos”/ “older workers”: características, oportunidades laborais, diferenças de género
*políticas para trabalhadores mais velhos numa perspectiva comparada europeia
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Bibliografia
Fundamental
Adams, Gary A.; Beehr, Terry (eds.) (2003). Retirement. Reasons, Processes and Results. NY: Springer Publishing Company, Inc.
Binstock, Robert H.; George, Linda (eds.) (2006), Handbook of Aging and the Social Aciences. 6th ed. UK: Academica Press of Elsevier [Cap. 12: Older Workers, pp. 202-219]
http://en.wikipedia.org./wiki/Retirement (retirado a 01-10-2009)
http://www.enoa.ro/ (retirado a 01-10-2009) [enoa: European Network of Animation]
Maltby, Tom et al. (2004), Ageing and the Transition to Retirement. A comparative analysis of European Welfare States, UK: Ashgate
Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly (revista existente na Biblioteca do ISSSP, artigos seleccionados)
Pillemer, Karl A. (2000). Social Integration in the Second Half of Life. USA: The John Hopkins University Press
Timonen, Virpi (2008), Ageing Societies. A comparative introduction. USA: Open University Press/McGraw Hill [Part 2: Health, income and work in later life, pp. 45-106]
Trilla, Jaume (coord.) (2004), Animação Sociocultural. Teorias, programas, âmbitos. Lisboa: Ed. Instituto Piaget
Complementar
Andersen, Jorgen Goul; Jensen, P
Avaliação Final
Avaliação
Os alunos poderão optar por uma das seguintes modalidades de avaliação.
1. Avaliação distribuída
A avaliação distribuída consistirá nas seguintes 3 componentes:
* Participação activa nas aulas (ponderação de 10% da nota final).
Considera-se que a participação activa nas aulas abrange a frequência, atenção prestada; intervenção nas aulas acerca de trabalhos distribuídos previamente pela docente; apresentação e participação na argumentação em torno da construção e melhoria de trabalhos, problemas e estágios em curso, com questões levantadas no âmbito da disciplina.
[Discentes organizados em grupos de 2, máximo de 3 indivíduos (alguma excepção, a ser obrigatoriamente considerada pela Docente). Avaliação individual da participação]. A nota será lançada pela Docente no final das aulas.
* Elaboração de um trabalho escrito subordinado a temática a ser indicada pela docente (ponderação de 40% da nota final).
O trabalho englobará: 1. Produção de um projecto de animação sócio-cultural adequado ao local de estágio do(s) discentes(s) tendo por base as perspectivas teóricas e documentação fornecida pela docente, além daquela recolhida para o efeito pelo discente.
[Discentes organizados em grupos de 2, máximo de 3 indivíduos (alguma excepção, a ser obrigatoriamente considerada pela Docente). Avaliação colectiva – excepcionalmente, avaliação diferenciada dentro do grupo, se a Docente considerar existirem razões fundamentadas para tal].
Entrega do trabalho à docente em data a combinar oportunamente.
*Na realização de um exercício escrito individual (teste) que decorrerá no mesmo dia do exame final (ponderação de 50% da nota final).
Alunos estudantes-trabalhadores: na impossibilidade de frequência das aulas, os alunos poderão realizar esta modalidade de avaliação, desde que acordem com a Docente um ‘Plano de Acompanhamento’.
2. Exame Final
* Realização de um exame escrito final (ponderação de 100% da nota final).
Note Bem: Para que o aluno se possa manter na avaliação distribuída deverá assistir a 75% do número total de aulas (Ponto 2 do Artigo 11º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos).
Os alunos abrangidos pelos Regulamentos Especiais, mesmo que não consigam assistir a 75% das aulas, poderão manter-se nesta modalidade de avaliação desde que combinem um Plano de Acompanhamento com o docente conforme previsto no Ponto 3 do Artigo 11º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos.